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Quais são as principais vidrarias de laboratório? Tipos e funções

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Béqueres, pipetas, provetas e frascos são apenas algumas das principais vidrarias de laboratório. Esses acessórios são essenciais para o desempenho das atividades laboratoriais, que incluem medição, transferência e aquecimento de líquidos, mistura de substâncias químicas e preparação de soluções.

Grande parte dos tipos de vidrarias para laboratório é fabricada com vidro especial. São resistentes a altas temperaturas e não absorvem resíduos de líquidos e demais produtos, evitando, portanto, uma possível contaminação das amostras.

O vidro borosilicato é a matéria-prima mais aplicada nas vidrarias de laboratório por ser um material resistente e menos vulnerável ao aquecimento. Além da aplicação laboratorial, é utilizado em indústrias químicas, projetos de iluminação e pode ser encontrado em algumas janelas.

Quer saber mais? Continue a leitura e confira as 18 principais vidrarias de laboratório e suas funções, além de saber como fazer a limpeza desses utensílios.

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1. Frasco Erlenmeyer

É um dos frascos de vidro para laboratório mais utilizados e mistura líquidos por agitação. Possui boca mais estreita, base larga e plana. É conhecido como frasco cônico ou frasco de titulação. Recebeu esse nome em razão do seu criador, o químico alemão Emil Erlenmeyer, em 1860.

O formato de balão dessa vidraria proporciona segurança durante o manuseio, pois evita respingos e derramamento dos produtos. Além disso, faz com que os solventes voláteis não evaporem, tornando-o ideal para o manuseio dessas substâncias.

O uso mais tradicional do frasco é no processo de titulação, quando precisamos determinar a concentração de uma solução que contém um ácido ou uma base em quantidade de matéria (mol/L).

Cientista com solução em frasco Erlenmeyer.
O Erlenmeyer se caracteriza por ser uma vidraria de boca estreita e base larga e plana.

2. Frasco reagente

É uma vidraria básica para qualquer tipo de laboratório, pois serve para armazenar substâncias, misturar reagentes para preparar soluções, além de ser útil para titulação.

O frasco tem graduação e, geralmente, é de vidro borosilicato, material bastante resistente. Vem com tampa rosqueável, que pode ir à autoclave, à prova de vazamentos.

Frascos reagentes em bancada laboratorial.
O frasco reagente é feito de vidro borosilicato e possui tampa com rosca.

3. Tubo de ensaio

Serve para acondicionar, misturar e coletar substâncias. Por ser resistente ao frio e ao calor, pode ser colocado sobre a chama de um Bico de Bunsen, mas cuidado: a manipulação da peça deve ser feita com uma pinça para não queimar as mãos.

Com formato cilíndrico alongado e estreito, o tubo de ensaio deve ser armazenado na posição vertical em um suporte. É fabricado em vidro ou plástico e pode vir com tampa.

Os tubos de ensaio fazem parte do kit de vidrarias básicas de um laboratório de química, de ciências, de biotecnologia, farmacêuticos e em salas de aula.

Tubos de ensaio fazem parte da lista de vidrarias de laboratório de ciências.

4. Balão volumétrico

É uma das principais vidrarias de laboratório, utilizada na preparação de soluções em volumes precisos, quando não há espaço para erros nas quantidades. O frasco tem base larga, “pescoço” fino e comprido, com linha de aferição, e vem com tampa de plástico ou rolha de vidro para conservar o líquido.

É fabricado, normalmente, em vidro borosilicato ou polipropileno, e é vendido em cinco tamanhos: 50 ml, 100 ml, 250 ml, 500 ml e 1.000 ml.

A vidraria é especialmente utilizada quando o volume é grande demais para ser medido com uma pipeta ou bureta. Além da preparação de soluções, outras aplicações são a análise volumétrica e a diluição de amostras.

Balão volumétrico em bancada laboratorial.
Versátil em tamanhos, o balão volumétrico possui volume preciso para realizar aferições necessárias.

5. Copo becker

É um frasco muito comum nos laboratórios e utilizado no preparo de soluções, na dissolução, no aquecimento de líquidos e no armazenamento temporário de amostras durante experimentos. O material é resistente, o que permite exposição a temperaturas baixas e altas, sem risco de danos.

O copo becker de vidro tem base plana, formato cilíndrico básico (como um copo que temos na cozinha de casa) e um bico para maior precisão no despejo das soluções. Não tem tampa.

Cientista pipetando solução em copo becker.
O becker é fundamental para o preparo de soluções.

6. Placa de Petri

É um recipiente cilíndrico achatado com tampa utilizado para cultura e identificação de microrganismos. Pode ser feito de vidro ou plástico, sendo alguns modelos descartáveis, e outros, autoclaváveis.

Sua invenção foi realizada em 1897 pelo microbiologista alemão Julius Petri. Desde então, o design da placa não mudou praticamente nada. Atualmente, alguns recipientes contam com divisórias.

As placas são preenchidas com uma mistura de nutrientes, sais e aminoácidos para que as bactérias cresçam ali e depois sejam analisadas pelos microbiologistas.

Placas de Petri servem para cultura e identificação de microrganismos.

A vidraria desempenha papel fundamental em pesquisas científicas, como no crescimento de microrganismos e na realização de experimentos em diversas áreas, como microbiologia, biologia molecular e citogenética.

A versatilidade de aplicações permite o desenvolvimento de novos fármacos, assim como de estudos de toxicidade, relacionados ao câncer e suas terapias, biologia regenerativa, entre outras áreas da pesquisa científica laboratorial.

Banner placas de petri.

7. Proveta graduada

A proveta mede volumes de líquidos e é um instrumento de baixa precisão. Quando é necessário ter medidas exatas, recomenda-se a utilização da pipeta graduada.

Seja de vidro ou plástico, a proveta suporta volumes entre 5 ml e 2.000 ml. O formato é de tubo, com abertura no topo, e base na parte inferior, o que confere mais estabilidade durante o manuseio.

Cientista aferindo medida com proveta.
A proveta graduada é um tubo com base para proporcionar mais equilíbrio durante o manuseio.

Utiliza-se a proveta graduada em processos de química, física e biologia, aferindo líquidos de baixa precisão. Pode ser aplicada na determinação de densidades, preparação de soluções químicas, separação de líquidos, condução de experimentos físicos e em outros procedimentos.

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8. Pipeta graduada

Na continuidade da lista de vidrarias de laboratório, temos a pipeta graduada cuja função é transferir líquidos de um recipiente a outro em atividades que exigem algum grau de precisão.

As pipetas funcionam por um sistema a vácuo. A base possui uma abertura por onde o líquido entra, e no topo, existem saídas de ar. O líquido entra pela base e preenche a pipeta. Depois, fecha-se a tampa para criar o vácuo e prender a solução dentro do equipamento.

Fazem parte das vidrarias de laboratório de análises clínicas, mas também de outras áreas. Algumas das principais aplicações da pipeta graduada incluem:

  • Transferência e medição de líquidos volumétricos com precisão.
  • Diluição de amostras.
  • Preparo de soluções químicas.
  • Análises químicas e bioquímicas.
  • Experimentos de biologia molecular.
  • Análises clínicas e diagnóstico médico.

Apesar de ser uma ferramenta útil para medições de quantidade, geralmente possui precisão menor em comparação com a pipeta volumétrica, que é mais adequada para aferições de alta precisão.

Cientista utilizando pipeta graduada.
A pipeta graduada possui saídas no topo e no fim, com controle pelo cientista.

9. Retentor de umidade

Fabricado em vidro borosilicato, o retentor, como o próprio nome sugere, tem a função de barrar a umidade de soluções salinas, alcalinas, solventes polares e soluções em geral, sendo utilizado em dispensadores de líquidos para laboratórios.

É aplicado, ainda, em diversos campos, incluindo laboratórios de análises clínicas, de alimentos, biotecnologia e química. Além disso, é muito útil em experimentos que exigem precisão na distribuição de líquidos e quando é necessário manter a umidade controlada para garantir a integridade dos resultados.

10. Lamínula de vidro

É uma vidraria muito comum em laboratórios de microbiologia. Trata-se de um pequeno retângulo de vidro translúcido, de fina espessura, que protege do ressecamento e da oxidação a amostra que está sendo analisada por microscópio

Ela também tem a função de manter a amostra imóvel e de protegê-la do toque acidental, de poeira e até do contato com a lente do equipamento.

No estudo de fluorescência e microscopia confocal, as lamínulas são utilizadas para cobrir as preparações e evitar a fotodegradação dos fluoróforos.

Lamínula de vidro é uma placa fina utilizada em conjunto com microscópios.

11. Kitassato

O kitassato é um equipamento de vidro com formato cilíndrico e haste lateral. É utilizado em filtrações a vácuo, em que a tubuladura lateral é conectada a uma bomba para criar uma pressão reduzida, permitindo a separação de substâncias sólidas e líquidas. 

A vidraria pode ser utilizada como recipiente de recolha de fluidos durante o procedimento. Além disso, o kitassato pode ser aplicado em destilações simples ou fracionadas, em que a substância líquida é aquecida e os vapores são condensados e coletados no instrumento.

12. Vidro de relógio

O vidro de relógio é um pequeno recipiente côncavo feito com formato circular. É utilizado principalmente para a pesagem de pequenas quantidades de sólidos em laboratórios, mas também pode ser usado em análises e evaporações em pequena escala.

A forma côncava ajuda a evitar que as substâncias se espalhem durante a pesagem e facilita a transferência dessas substâncias para outros reservatórios, caso necessário. 

Também pode ser utilizado como tampa para cobrir recipientes, permitindo a entrada de ar durante reações químicas, evitando, assim, a contaminação e controlando a evaporação lenta de líquidos.

Vidro de relógio com substância.
O vidro de relógio é côncavo e circular.

13. Funil de separação

O funil de separação, ou decantação, é uma das principais vidrarias de laboratório para realizar fracionamento de líquidos imiscíveis com densidades diferentes. Possui formato de pera, sendo a parte superior cônica, e a inferior, equipada com uma torneira.

São utilizados em diversos procedimentos, entre os quais:

  • Extração de substâncias.
  • Purificação de compostos.
  • Separação de solventes.
  • Lavagem de compostos.
Cientista utilizando funil de separação.
Este funil de vidro no laboratório decanta líquidos com diferentes densidades.

14. Cubetas

A cubeta é um material de laboratório que tem como objetivo armazenar amostras que serão analisadas em um espectrofotômetro. É um recipiente produzido a partir de diferentes materiais, como plástico, vidro ou quartzo. Tem a forma de pequenos tubos circulares ou quadrados, selados em uma das extremidades.

Na prática, os líquidos das cubetas são analisados no equipamento para determinar a concentração de substâncias em soluções ou a medição da transmitância ou absorção da radiação em um determinado comprimento de onda. Essas análises detectam a quantidade de luz transmitida ou absorvida pela amostra em diferentes comprimentos de onda.

Cientista segurando cubeta.
As cubetas armazenam substâncias a serem analisadas no espectrofotômetro.

A escolha do tipo de cubeta depende da análise que se pretende realizar, mas também da faixa de comprimento de onda da luz que será utilizada no espectrofotômetro. Existem itens feitos de materiais transparentes, como vidro ou quartzo, ideais para análises em faixas ultravioleta e visível.

Já as de plástico são mais utilizadas para análises em faixas visíveis. Além disso, estão disponíveis cubetas descartáveis, que facilitam a limpeza e evitam a contaminação cruzada entre diferentes amostras.

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15. Bureta

A bureta é uma das principais vidrarias de laboratório para a medição precisa de volumes de líquidos. É composta por um tubo de vidro longo e cilíndrico, que termina em uma torneira de precisão na parte inferior e possui uma escala graduada ao longo de sua extensão. 

É fixada verticalmente em um suporte universal e é comumente utilizada em técnicas de titulação. O instrumento é útil tanto em química e bioquímica, em análises qualitativas ou quantitativas.

Bureta com torneira de precisão.
A bureta possui uma torneira de precisão na parte inferior.

A principal aplicação da bureta está relacionada à dosagem volumétrica de reagentes nas titulações. Assim, permite adicionar gota a gota o necessário, até que ocorra a reação completa e seja alcançado o ponto de equivalência. 

Também pode ser utilizada em outras técnicas laboratoriais, como na dosagem de ácidos e bases, em análises de pH e na preparação de soluções padrão.

16. Condensador

O condensador é uma vidraria utilizada em laboratórios com o propósito de condensar gases ou vapores, transformando-os em estado líquido. É fundamental em processos de destilação, pois auxilia na separação de componentes líquidos de uma mistura. 

A vidraria resfria vapores, geralmente por meio de água fria que circula pela superfície externa do aparelho, fazendo com que os vapores se condensem.

Condensador no laboratório.
O condensador auxilia na transformação de gases em líquidos.

17. Tubo de Nessler

O Tubo de Nessler é uma vidraria de laboratório utilizada para realizar análises químicas. É um recipiente transparente, com formato cilíndrico e geralmente tem uma escala graduada para facilitar a medição de volume. O instrumento é projetado para comparação de cores e turbidez entre soluções químicas.

Tubo de Nessler no laboratório.
O tubo de Nessler ajuda na comparação entre amostras,

18. Tubo de Thiele

Já o tubo de Thiele é um instrumento de vidro utilizado para determinar a temperatura de fusão de uma substância. Ele se assemelha a um tubo de ensaio, mas possui um braço lateral, onde o aquecimento da substância ocorre.

Como limpar as principais vidrarias de laboratório

Como você higieniza todas as vidrarias de laboratório? A manutenção periódica vai ajudar a aumentar a vida útil dos materiais, além de garantir que os procedimentos não sofram contaminação cruzada. Para isso, é preciso tomar alguns cuidados. 

Na maioria das vezes, o detergente neutro, sem cor e aroma, será o melhor produto para a limpeza. Já para sujidades orgânicas e oleosas, solventes como clorofórmio e hexano são mais eficientes.

Porém, se houver resíduos de metais ou de química analítica no vidro, os solventes recomendados são oxidantes fortes, como solução sulfonítrica ou de hidróxido de potássio. Para todos os casos, a indicação é finalizar com água destilada.

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