Um dos dispositivos mais importantes dentro de um laboratório, as pipetas cumprem papel fundamental: a de fazer a medição e a transferência de líquidos de um recipiente a outro. De diversos modelos e materiais, os tipos de pipetas vão se diferenciar pela precisão e aplicação das soluções. No entanto, qual é a utilidade de cada tipo e para quais casos cada uma faz mais sentido?
Neste texto, vamos explicar o papel das pipetas (e da pipetagem), os modelos mais utilizados e, ao final, algumas boas práticas para o manuseio desse material laboratorial. Boa leitura!
O que é pipeta e qual o seu funcionamento?
As pipetas fazem parte dos materiais básicos e primordiais de um laboratório. São tubos pequenos e alongados, categorizados como “vidraria”, junto aos tubos de ensaios, copos e frascos (apesar de existirem modelos em plástico). A pipetagem, portanto, trata-se do nome do processo de transferência de líquidos, por meio das pipetas.
A responsabilidade desses equipamentos é fazer o transporte preciso de líquidos, possibilitando que essa manipulação seja bem sucedida e com a quantidade necessária para a solução.
As pipetas funcionam por meio do vácuo. Portanto, na maioria dos modelos, o líquido entra através de uma única abertura na ponta do material. A parte interna será preenchida após a ação de sugar a substância, que permanecerá no nível escolhido após indicação da medição na parte exterior do material (com exceção da pipeta volumétrica, em que há somente uma marcação).
Tipos de pipetas
O objetivo no manuseio desses dispositivos é gerar resultados exatos e confiáveis. Para isso, cada tipo de pipeta vai suprir uma necessidade, e a precisão dependerá exclusivamente do modelo escolhido.
Pipeta volumétrica
Se a intenção for medir uma quantidade exata de líquido, o tipo volumétrico é a melhor escolha. As “pipetas de bulbo”, nome alternativo, têm a ação desse dispositivo para a inclusão de soluções, apresentando uma única linha horizontal para indicar o volume.
Geralmente, esse modelo é preferível para soluções a partir do chamado “estoque de base”, em que já há volume e quantidade estabelecidos, e para “titulações de solução”, procedimento para determinar a quantidade de matéria de uma solução que contém um ácido ou uma base.
A recomendação é que não se aqueça pipetas desse tipo, pois pode gerar alteração na precisão da transferência.
Pipeta graduada
Ao contrário da volumétrica, pipetas graduadas apresentam diferentes níveis de graduação no seu exterior, o que possibilita fazer a transferência de líquidos em volumes variados.
Talvez, seja a pipeta mais conhecida do público em geral, uma vez que parte da mesma tecnologia da pipeta sorológica.
Nesse caso, a indicação é nunca fazer a sucção pela boca, e sim por um pipetador automático, para que não se interfira no processo de transferência e a precisão seja comprometida, além dos riscos das substâncias entrarem em contato com a cavidade oral.
Pipeta de Pasteur
Idealizada pelo médico francês Louis Pasteur, a pipeta que leva o seu sobrenome é uma espécie de conta gotas. É feita de plástico e recomendada para a transferência de pequenas quantidades de líquidos, já que sua precisão não é tão alta, quando comparada a outros modelos, como a gradual.
Seu mecanismo é simples: com apenas um furo na parte inferior, apresenta uma espécie de “balão” na outra extremidade, responsável, quando pressionado, por fazer a sucção da substância ou a retirada do líquido, expelindo o ar.
Micropipeta eletrônica
Precisão é a palavra-chave para esse modelo de pipeta. Por serem eletrônicas, têm capacidade tecnológica superior às demais, mas isso não quer dizer que servem para todos os casos.
Com pontas descartáveis — evitando, dessa forma, contaminações, sujeiras, perda de líquidos e imprecisão na manipulação —, podem ter diversas ponteiras (multicanal) ou apenas uma (monocanal).
Uma curiosidade é que nesses modelos a retenção de líquidos fica na ponteira, para que não haja a descalibragem do equipamento,
Micropipeta monocanal
Parte de uma engenharia um pouco mais complexa que as anteriores, já que depende de um pipetador, para sucção e transferência, e de “tips”, modelos de ponteiras para alguns casos mais específicos.
É eficiente para transportar líquidos de uma maneira segura e precisa, apesar do limite recomendado de transferência ser de 5 ml por pipetagem, categorizando o modelo para quantidades mais reduzidas.
Micropipeta multicanal
É bem parecida com a micropipeta monocanal, com a diferença da aplicação de 8 a 12 canais para os processos laboratoriais, ao contrário de somente uma ponteira por pipetagem. É aplicável somente para transferências de volume variável.
Boas práticas para o manuseio de pipetas
Existem algumas recomendações primordiais para o processo de pipetagem. Conheça algumas.
Enxágue das ponteiras
Para pipetas que levam ponteiras, o ideal é fazer um pré-enxágue antes de iniciar um novo procedimento, em um processo de aspiração. Isso evita qualquer contaminação do líquido anterior e aumenta a precisão para o próximo trabalho.
Manuseio do êmbolo
No momento de fazer a aspiração do líquido, a pipeta deve estar na vertical, evitando o contato com as paredes do frasco. Ao dispensar a solução, é necessário encontrar o ângulo correto e arrastá-la delicadamente. Pressionar o êmbolo muito forte ou muito fraco pode gerar imprecisão. É fundamental consistência.
Limpeza do bulbo
Se o bulbo estiver sujo, toda e qualquer substância que esteve em contato anterior com a pipeta se contaminará ao novo procedimento. É importante ressaltar que sua limpeza deve ser recorrente, já que, se o dispositivo estiver sujo, mas em atividade, poderá secar ou rachar.
Onde comprar pipetas?
A ForlabExpress é uma distribuidora de produtos laboratoriais, representante de grandes marcas do Brasil e do mundo. Clique no banner abaixo para conhecer todas as opções de pipetas, assim como outros equipamentos para laboratórios.