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Calibração de micropipetas: saiba por que e quando fazer

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A precisão é um dos atributos mais essenciais para qualquer procedimento laboratorial. É por isso que, em todo estabelecimento que realiza pipetagem , a calibração de micropipetas deve ser uma prioridade.

Porém, esse procedimento costuma levantar muitas dúvidas nos profissionais. Afinal, por que fazer calibração? Qual o momento ideal para calibrar suas micropipetas, e qual o intervalo ideal entre esses procedimentos?

É isso que você vai conferir neste artigo! Leia o post até o fim para conferir as respostas para essas perguntas.

Por que fazer calibração de micropipetas?

As micropipetas são instrumentos essenciais em rotinas laboratoriais de diversos segmentos, tais como laboratórios de pesquisa científica, análises clínicas ou controle de qualidade.

Mesmo que cientes de sua importância, muitos usuários ainda não contam com um programa anual efetivo de calibração de suas micropipetas. Aqueles que optam por comprar equipamentos de baixa qualidade e custo, acreditando que é suficiente trocá-los anualmente, cometem um erro grave: mesmo que calibradas previamente ao seu uso inicial, micropipetas de baixa qualidade dificilmente manterão boa exatidão por 6 meses ou 1 ano, devido a baixa qualidade de seus componentes.

Por outro lado, optar por micropipetas de alta qualidade e acreditar que o certificado de calibração de fábrica pode ser considerado por diversos anos de uso é um erro tão grave quanto o primeiro. Independentemente do preço e da fabricante do produto, a verdade é que com o uso, ele pode acabar se desregulando.

Não importa qual o modelo da sua micropipeta, ela pode se descalibrar durante o uso.

Isso porque as micropipetas são utilizadas justamente para a manipulação de volumes muito pequenos de fluidos, abaixo de 1 mL. Qualquer alteração que houver no instrumento pode interferir muito no resultado final dos procedimentos.

Os principais fatores que afetam a precisão de uma micropipeta são: número de usuários, intensidade de uso, grau de exposição a líquidos agressivos e qualidade dos componentes.

É claro que, com um manuseio adequado e aplicando cuidados diários, pode ser que você prolongue o tempo entre uma calibração e outra. Mas ainda assim, de tempos em tempos, é essencial que se realize esse procedimento.

Com que frequência fazer a calibração das micropipetas?

Essa é uma das dúvidas mais frequentes entre os profissionais de laboratório. Em geral, o período entre as calibrações pode variar de acordo com os fatores que citamos acima, mas por via das dúvidas, é possível seguir os padrões de instituições competentes.

De acordo com a instituição internacional Clinical and Laboratory Standards Institute (CLSI), que atua fazendo normas para o padrão ISO, não existe nenhuma obrigatoriedade quanto ao período que se deve fazer as calibrações. Caso você tenha dúvidas, existem recomendações que são informadas. 

O benefício de manter uma frequência é que você estará realizando a calibração preventiva da micropipeta. Esse procedimento é feito para monitorar os índices do equipamento e pode até mesmo evitar que você tenha que fazer uma manutenção corretiva no futuro. 

biossegurança em laboratórios

Cada laboratório que calibra sua micropipeta deve realizar um controle através de um plano de calibração informando periodicidade e critérios de aceitação, como por exemplo, critérios de incerteza e erro máximo, para que assim seja mantido um histórico do instrumento calibrado, facilitando o acompanhamento de quando será feita a próxima calibração. Esse plano de calibração é fundamental para encurtar ou aumentar o período entre uma calibração e outra. 

Além disso, essa é uma forma de economizar dinheiro, já que a manutenção de uma pipeta ou até a compra de um novo equipamento pode ser bem mais cara que o valor das calibrações.

Tipos de calibração

A calibração de micropipetas pode ser feita de duas maneiras: RBC ou rastreável. Ambas possuem diferenças relacionadas à metodologia, conforme explicamos abaixo:

Calibração RBC

É feita em um laboratório acreditado e reconhecido pela CGCRE (ou seja, a Coordenação Geral de Acreditação do Inmetro). 

Os laboratórios credenciados pela CGCRE são auditados com base na norma ABNT NBR ISO/IEC 17025 – Requisitos gerais para a competência de laboratórios de ensaio e calibração. Além dessa norma principal, outras normas também são utilizadas para controle de competências, como: ABNT NBR ISO 10012, ISO 8655-6, além dos documentos oficiais exigidos pelo próprio INMETRO, como DOC CGCRE 027.

Os laboratórios que passam pela auditoria do CGCRE estão especificados com as faixas aprovadas e instrumentos no site do INMETRO. Como a instituição que está fazendo o procedimento já é chancelada por um órgão competente, ela não precisa comprovar a rastreabilidade do método utilizado. 

Calibração rastreável

Ao contrário do método anterior, os laboratórios que fazem calibração rastreável não têm o reconhecimento da CGCRE. Portanto, os métodos são definidos pelo próprio estabelecimento e fornecidos após o procedimento.

A ForlabExpress é uma empresa com 15 anos de excelência em produtos laboratoriais e possui um laboratório acreditado pela CGCRE para fazer calibração RBC em micropipetas, pipetadores, dispensadores, calibração e buretas.

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