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Precisão e eficiência: 14 boas práticas de pipetagem para aderir

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As boas práticas de pipetagem são um processo fundamental no cotidiano de qualquer laboratório durante a transferência de líquidos. É preciso cuidar da limpeza e higienização dos materiais utilizados, além de evitar uma série de ações inapropriadas com objetivo de obter os melhores resultados, sem comprometer a qualidade da operação.

Continue a leitura e confira 14 dicas de boas práticas de pipetagem para aplicar no seu dia a dia no laboratório!

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1. Limpeza da pipeta

Para que as boas práticas de pipetagem possam ser eficazes, os pipetadores utilizados durante a manipulação dos líquidos devem estar limpos e higienizados. Confira alguns métodos de higienização na sequência, e lembre-se que eles devem ser escolhidos de acordo com a utilização e eficiência.

Autoclavagem

O uso de autoclave esteriliza o pipetador e exige que haja secagem e estabilização de temperatura. Além disso, nem todos os instrumentos são autoclaváveis, por isso é preciso checar as recomendações do fabricante e, inclusive, se há necessidade de recalibragem após o processo.

Luz ultravioleta

A luz ultravioleta é outro método de limpeza fácil e rápido, mas que também não retira todas as impurezas do equipamento. É fundamental considerar as recomendações do fabricante em razão da resistência do plástico.

Métodos químicos

Todos os equipamentos podem ser limpos via método químico em que são utilizados água, detergente, amônio, álcool, entre outros produtos. Além de ter fácil aplicação, realiza uma higienização de baixo custo. 

Os técnicos do laboratório devem considerar as recomendações do fabricante e outros dois pontos: a necessidade de secagem e o fato de o método poder ser tóxico se forem utilizadas grandes quantidades de produtos.

2. Equipamento correto

Ao iniciar a pipetagem, selecione o equipamento correto para cada aplicação, levando em consideração o protocolo a ser seguido e as particularidades de volume, viscosidade e amostra a ser administrada.

Além disso, ao adquirir o produto, prefira um que seja ergonômico, com bom encaixe nas mãos, leve, com trava de volume e com botão fácil de apertar.

3. Produtos em temperatura ambiente

Antes de iniciar o processo de pipetagem, é importante que todos os líquidos e instrumentos envolvidos estejam em temperatura ambiente. A obtenção do melhor resultado depende do menor número de variações de volume possível e isso pode ser evitado se a umidade relativa e a pressão também estiverem constantes.

4. Ponteiras compatíveis

A ponteira escolhida para encaixar no pipetador deve ser de um modelo com encaixe compatível. Prefira utilizar a da mesma marca, mas, se não for possível, converse com seu fornecedor para checar sobre a conexão entre os materiais.

Uma ponteira que não encaixa perfeitamente é um problema e tanto, culminando em resultados sem precisão e baixa exatidão. Por isso, atentar-se quanto às ponteiras é uma das boas práticas de pipetagem.

Pipeta multicanais acoplando suas ponteiras compatíveis.
A ponteira deve encaixar perfeitamente no pipetador para obtenção de resultados confiáveis.

5. Pré-umedecer a ponteira

O pré-umedecer da ponteira é uma das ações essenciais antes de, de fato, iniciar o processo. Para isso, faça a atividade de pipetagem com o líquido que vai ser transferido pelo menos duas vezes. Assim, aumenta-se a umidade dentro da ponteira, reduzindo o risco de evaporação. 

6. Profundidade de imersão

É importante que a ponteira esteja imersa no líquido durante a coleta, e a profundidade pode estar relacionada diretamente com a precisão empregada. Assim, para micropipetas, a recomendação é que estejam entre 1 mm e 2 mm dentro do recipiente; para pipetadores de maior capacidade, de 3 mm a 6 mm.

7. Ângulo correto de pipetagem

Uma das boas práticas de pipetagem é manter o ângulo o mais vertical possível (perto de 90º com relação ao chão), quando a ponteira estiver imersa na amostra. Evite virar a pipeta, pois quanto mais girar, maior volume de líquido será aspirado.

Cientista, sentado, pipetando amostras com a pipeta na posição vertical.
Para aspirar o líquido, a pipeta deve estar próximo aos 90º de angulação.

8. Ritmo

Uma das boas práticas de pipetagem, que implica diretamente na precisão e exatidão, é o ritmo. Ele precisa ser adequado para minimizar possíveis erros e evitar a formação de bolhas. Seja constante entre uma amostra e outra.

Algumas dicas para que você tenha um ritmo interessante durante a pipetagem são:

  • Realize treinamentos e pratique muito a pipetagem.
  • Tenha uma postura adequada durante a execução do trabalho.
  • Siga as técnicas corretas, controlando a imersão e aspiração.
  • Experimente velocidades diferentes, a depender da viscosidade do líquido.
  • Mantenha a pipeta calibrada.
  • Faça intervalos regulares para evitar o cansaço após longos períodos de pipetagem.

9. Dispensão total

Para que ocorra, de fato, a transferência de líquido de um recipiente para outro, é necessário dispensar todo o volume do pipetador, até a última gota. A dica é aplicar a técnica de encostar o bico da ponteira contra a parede da vidraria para aumentar a precisão e não deixar nenhum resíduo.

10. Padronização de pipetagem

Quando o assunto é pipetagem manual, a velocidade é considerada inimiga da perfeição. Assim, é fundamental que haja uma padronização de processo para evitar atividades malfeitas, com volumes e resultados equivocados. 

Confira um passo a passo de como seguir as ações:

  1. Clique no botão até o primeiro estágio.
  2. Deixe a ponteira imersa.
  3. Aspire o líquido, segurando o botão.
  4. Tire o equipamento da amostra.
  5. Aperte o botão até o segundo estágio.
  6. Verifique se o volume foi dispensado em sua totalidade.

11. Armazenamento adequado

É considerada uma boa prática o armazenamento da pipeta na vertical para evitar contato com superfícies possivelmente contaminadas. Além disso, se houver amostra na ponteira, impede que o líquido residual vá para o interior do instrumento. Uma dica é utilizar suportes que as deixam na posição correta.

Pipetadores monocanais armazenados em suportes.
O suporte de pipetadores é projetado para que os instrumentos fiquem na posição vertical.

12. Pipetagem com a boca, não!

Sempre que for pipetar, utilize o dispositivo para auxiliar o trabalho, e nunca aspire a amostra com a boca! A pipetagem com a boca é uma prática totalmente desaconselhável, pois coloca em risco sua própria saúde. Você pode se contaminar, ingerir o líquido acidentalmente e causar lesões e danos no corpo, caso uma vidraria seja quebrada, por exemplo. 

Além disso, o procedimento não permite controle tão adequado das ações, dificultando a obtenção de volumes exatos e erros na dosagem, o que compromete a precisão do experimento.

13. Calibração recorrente

É importante que seu equipamento de pipetagem seja calibrado recorrentemente, com a frequência determinada pelo fabricante, ou por outros motivos, como:

  • Depois que o instrumento passar por manutenção.
  • Caso a pipeta sofra uma queda.
  • Se houver alteração no controle de qualidade.

O próprio laboratório pode ter seu período específico para calibração dos pipetadores, a depender da quantidade e das condições de uso, além da qualidade do material.

14. Atenção aos detalhes

Evite, sempre, trabalhar muito rápido. A agilidade pode acarretar erros de precisão durante a pipetagem. Se você não estiver realizando aspiração e dispensação, deixe a pipeta no suporte, uma vez que a temperatura da mão pode esquentá-la e atrapalhar os resultados. Por fim, não se esqueça de remover a ponteira apenas depois que todo o líquido for expelido.

biossegurança em laboratórios

A aplicação das boas práticas de pipetagem é imprescindível para maior precisão e obtenção de resultados satisfatórios. A minimização de erros é uma aliada do controle de qualidade, assim como a higienização correta para fins de biossegurança.

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