Você realiza a limpeza de vidrarias em laboratório? Esse tipo de manutenção é essencial para assegurar que os procedimentos do dia a dia sejam sempre bem sucedidos, assim como para garantir uma excelente vida útil para pipetas, buretas, frascos, cubas, entre outros utensílios.
A seguir, explicamos com mais detalhes como essa limpeza pode ser feita de acordo com os tipos de vidrarias, bem como quais os produtos e utensílios mais adequados para cada uma. Boa leitura!
Materiais para limpeza de vidrarias em laboratório
O primeiro passo, antes de iniciar propriamente a limpeza e esterilização de materiais de laboratório, é necessário que você saiba quais os itens a serem utilizados. Para isso, utilize como raciocínio uma lei básica da química: para todo soluto, é preciso solvente; ou seja, para toda sujidade, há um produto específico para retirá-la.
Na maioria das vezes, o melhor produto é o detergente. É recomendado que ele seja neutro e não pode ter cor ou aroma, pois produtos com essas características costumam ter aditivos que podem permanecer no vidro após a lavagem.
Para a limpeza de sujidades orgânicas ou oleosas, a recomendação é utilizar solventes como clorofórmio ou hexano. Esses serão capazes de remover a sujidade com maior eficiência.
Já se houver resíduos de metais ou de química analítica no vidro, os solventes recomendados são oxidantes fortes, como solução sulfonítrica ou de hidróxido de potássio.
Em todos os casos, também é recomendada a finalização com água destilada, conforme explicaremos mais à frente.
Para o trabalho manual, será necessária uma esponja de louça comum. Vidrarias compridas e longas também precisam de escovas de crina (também conhecidas como cepilhos) para esfregar as laterais.
Tipos de limpeza de vidraria em laboratório
Para fazer a limpeza de vidrarias em laboratório, recomenda-se a utilização de materiais e produtos específicos. A principal diferença diz respeito ao formato, que pode exigir técnicas para que o interior do recipiente fique limpo.
Limpeza comum
Primeiramente, vamos exemplificar como pode ser feita a limpeza em vidrarias mais comuns, como beckers, cubas e cápsulas, em que a parte interna é fácil de alcançar, e em casos em que o detergente é suficiente.
Comece passando o vidro debaixo de água corrente para retirar o excesso da substância. Isso não significa que é preciso utilizar grandes quantidades de líquido — pelo contrário, basta preencher uma parte do recipiente e fazer movimentos circulares, e em seguida, descartar os resíduos.
Em seguida, passe a esponja com um pouco de detergente tanto no interior quanto no exterior do utensílio. Faça isso com cuidado para não riscar ou danificar seu vidro. Quando terminar, enxágue com água corrente.
Finalize despejando um pouco de água destilada a partir de uma pisseta — isso vai evitar que fiquem manchas ou resíduos de água e sabão no vidro. Posicione o item de cabeça para baixo em um escorredor para que o líquido evapore.
Limpeza de provetas
As provetas são vidrarias estreitas e compridas, o que impossibilita a limpeza interna com uma bucha. O utensílio recomendado, nesse caso, é a escova de laboratório, que oferece um maior alcance interno.
Comece passando água no interior para retirar o excesso das substâncias. Em seguida, coloque algumas gotas de detergente sobre a escova e passe por todas as laterais internas do vidro, fazendo movimentos em todas as direções. O fundo costuma ser a parte em que o material se concentra, portanto, dê uma atenção especial.
Finalize despejando um pouco de água destilada e fazendo movimentos circulares. Leve a proveta para escorrer e secar em um local apropriado.
Limpeza de balão volumétrico
Graças ao seu formato, com uma parte estreita superior e um bulbo inferior, os balões volumétricos exigem um pouco mais de atenção e tempo, porém, com alguns macetes, a limpeza pode ser feita tranquilamente.
Primeiramente, remova o excesso utilizando água. Em seguida, faça a lavagem externa utilizando esponja e detergente, sempre com cuidado.
Com relação à parte interna, comece limpando o tubo, passando a escova com detergente e fazendo movimentos para baixo e para cima. Após essa etapa, você pode realizar o enxágue.
Depois, dobre a ponta da escova fazendo uma curvatura para que ela acompanhe o ângulo da parede do vidro. Para a limpeza, acrescente um pouco mais de detergente e esfregue a parte interna, tomando cuidado com os vértices e o fundo.
Ao enxaguar, verifique se sobram gotículas grudadas nas paredes do interior do utensílio — se sim, pode ser que o vidro não esteja bem limpo. Nesse caso, repita o processo até que não haja mais esses resquícios. Por fim, despeje água destilada e deixe secar em local apropriado.
Limpeza de pipetas graduadas e volumétricas
A limpeza de vidrarias em laboratório também inclui as pipetas graduadas e volumétricas, que têm um formato peculiar, cujo interior é inalcançável, mesmo utilizando esponja ou escova. Por essa razão, o procedimento é bastante diferente, e consiste em deixá-la de molho.
Uma das maneiras é utilizando uma proveta de 1.000 ml. Basta enchê-la com solução de limpeza e mergulhar a pipeta no interior do recipiente, deixando por tempo suficiente para a remoção da sujidade.
Outra opção seria preencher todo o interior da pipeta com a solução de limpeza e deixá-la repousando sobre um suporte. Após alguns minutos, descarte o conteúdo e se necessário, repita o procedimento. Lembre-se de finalizar com água destilada.
A rotina de limpeza de vidrarias em laboratório pode demorar algum tempo e exige muito cuidado por parte de quem realiza. Entretanto, é importante realizar esse processo após todos os procedimentos, para assim evitar erros causados posteriormente por utensílios sujos ou malcuidados.
Quer ler mais conteúdos com dicas para a rotina do seu laboratório? Então, assine nossa newsletter e receba diretamente no seu e-mail!
