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Tudo que você precisa saber sobre calibração de pipetadores

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O procedimento de calibração de pipetadores é fundamental para garantir precisão e exatidão nas aferições realizadas pelos instrumentos. Utilizados nos mais diversos tipos de laboratórios na transferência de líquidos, mantê-los em boas condições de trabalho confere longa vida útil aos equipamentos.

Com o tempo, os aparelhos tendem a apresentar desvios em medidas devido ao uso em excesso. É por isso que realizar esses ajustes periodicamente é essencial, proporcionando mais confiança às ferramentas de trabalho e reduzindo erros sistemáticos.

Continue a leitura do texto para conferir um glossário dos termos relacionados à calibração, a importância dos ajustes preventivos, a periodicidade recomendada, além de conhecer seus tipos para resultados confiáveis!

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Glossário da calibração

Quando o assunto é calibração de equipamentos e instrumentos laboratoriais, há uma série de termos técnicos que representam diversas informações. Veja, na sequência, o significado de cada um deles!

Precisão

Num conjunto de medidas, a precisão se refere à proximidade de um valor ao outro. Ou seja, há uma consistência de resultados próximos. A possível diferença entre o valor de referência pode ser obtido pelo desvio padrão, por isso é quantitativo.

Exatidão

Diferentemente da precisão, a exatidão é a proximidade dos valores, num conjunto de medidas, ao valor real, ou de referência. É um parâmetro qualitativo, e pode definir se o instrumento é mais ou menos exato que outro, por exemplo.

Desvio padrão

O desvio padrão é uma ferramenta matemática que indica o quão precisas estão as medidas num conjunto de valores. Quanto maior, menos preciso, ou seja, mais dispersos e menos uniformes. 

Volume nominal

É o volume para o qual um pipetador é projetado para medir ou dispensar. Ele é a referência para saber se o equipamento está exato ou não, além de ser uma base para precisão. Consequentemente, o valor é importante para considerar a calibração.

Volume ajustado

É o volume definido pelo usuário ao aferir ou dispensar certa quantidade.

Tolerância

A tolerância é uma razão que define o erro máximo permissível na calibração de pipetadores. Ela é representada por uma faixa de valores em relação ao valor nominal ou padrão de referência.

Padrão de referência

Padrão de referência é um material ou instrumento que possui um valor conhecido e aceito como orientação para calibrar outros pipetadores.

Cientista pipetando líquidos em tubos de ensaio.
Para calibração de pipetas automáticas, por exemplo, há um valor padrão de referência específico.

Verificação

É o procedimento em que se avalia se o instrumento, como o pipetador, está dentro das especificações de desempenho. Indicando, assim, se é ou não adequado para uso, com resultados confiáveis.

Descontaminação

É o processo de remoção de substâncias indesejáveis ou de contaminantes biológicos, químicos ou radioativos de um pipetador, para garantir segurança nas medições. 

Certificado de calibração

Documento com a confirmação formal de que o pipetador está dentro das especificações de desempenho e se está, ou não, adequado para uso. Ele conta com apresentação dos resultados obtidos via método de calibração utilizado, as interpretações necessárias e as informações acordadas previamente com o cliente.

Etiqueta de calibração

Etiqueta que acompanha o instrumento após a conclusão da calibração, com o selo da acreditação do laboratório responsável.

CGCRE 

CGCRE é a sigla para Coordenação Geral de Acreditação, organismo do Inmetro (Instituto Nacional de Metrologia, Qualidade e Tecnologia) que é o único reconhecido pelo governo brasileiro para acreditar Organismos de Avaliação da conformidade. Ela é a divisão responsável pelas auditorias em laboratórios para estar de acordo com normas e princípios estabelecidos para manutenção do reconhecimento da acreditação.

Para que um laboratório de ensaio e calibração esteja acreditado pela CGCRE, ele precisa cumprir os requisitos gerais da ABNT NBR ISO/IEC 17025/2017. Eles especificam a competência, imparcialidade e operação consistente. Vale ressaltar que a norma serve para acreditação, e não certificação.

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Importância da calibração preventiva

Entre as boas práticas que devem ser mantidas entre os pipetadores está a calibração preventiva. É ela que garante a confiabilidade nas medições por meio do instrumento, além de prolongar a vida útil e identificar desvios no desempenho.

Assim, a calibração preventiva ajuda a evitar erros sistemáticos, minimizar a necessidade de retrabalhos ou mesmo fazer análises desnecessárias numa rotina cheia de atividades. Ela também previne a danificação dos instrumentos, que pode gerar falhas e resultar em custos adicionais com reparos ou substituições.

Cientista realiza transferência de líquido com pipeta.
A calibração é uma manutenção preventiva que aumenta a vida útil dos equipamentos.

Além disso, a prevenção aumenta a confiabilidade nos resultados apresentados pelo pipetador, operando dentro dos parâmetros corretos e reduzindo riscos de comprometimento com a qualidade de análises. 

Erros em áreas da saúde, controle de qualidade de alimentos, medicamentos e até em diagnósticos sobre o meio ambiente podem ter impacto direto na segurança dos consumidores ou mesmo no bem-estar coletivo.

Qual a frequência ideal de calibração?

A frequência ideal de calibração depende do tipo de pipetador, das especificações do fabricante, da aplicação e da criticidade das medições realizadas. É importante que se tenha uma periodicidade estabelecida, principalmente com base na experiência do laboratório e nos requisitos de qualidade.

Entre os aspectos que devem ser considerados para determinar a frequência de calibração estão:

  • Estabilidade do instrumento;
  • Tipo de medição realizada;
  • Condições de uso;
  • Ambiente de utilização.

Em laboratórios como os de análises clínicas e ambientais, há normas e regulamentações que estabelecem os requisitos específicos para calibração de certos instrumentos. Assim, vale checar a frequência determinada com base nessas regras.

Em geral, equipamentos maiores de medição são calibrados anualmente, enquanto em  instrumentos menores, como pipetadores, pHmetros, espectrofotômetros, entre outros, é feito um ajuste semestral. Porém, vale sempre ressaltar que cada ferramenta pode ter um período específico e a frequência pode ser diferente da citada.

Cientista realizando troca de ponteira de pipetas.
A frequência ideal da calibração de pipetas depende de uma série de aspectos.

Tipos de calibração de pipetadores

Quando o objetivo é calibrar pipetadores no laboratório, há basicamente duas maneiras de se fazer. Entenda as diferenças entre elas na sequência!

Calibração rastreável

É pautada num conjunto de procedimentos que mantêm a cadeia de rastreabilidade de medição fechada, desenvolvidos internamente, mas que não possuem o selo de acreditação da CGCRE. Desta forma, o laboratório não é reconhecido pelo Inmetro e os pipetadores não contam com o selo de acreditação.

Para que os métodos de calibração e rastreabilidade sejam evidenciados, o laboratório responsável fornece essas informações aos clientes. Vale citar que esse tipo de ajuste é adequado para a Norma ISO 9001.

Calibração RBC

A sigla RBC significa Rede Brasileira de Calibração e, por isso, esse é o método realizado pelos laboratórios acreditados pela CGCRE e contam com o documento de certificação que atesta as especificações de desempenho do pipetador. 

Assim, não é preciso que o estabelecimento forneça um documento que comprove a rastreabilidade, nem a eficácia do método. Esses requisitos já são avaliados periodicamente pelo órgão do Inmetro.

Além de ter como base a NBR ISO/IEC 17025, utiliza critérios das seguintes normas:

  • NBR 14339
  • NBR 14340
  • ISO guia 32
  • ASTM E-70/97
  • DIN 19266

É importante citar que, ao buscar a calibração RBC aos pipetadores, faça a checagem sobre a acreditação do laboratório e se exibe o certificado CGCRE.

Realizar calibrações periódicas é fundamental para manter o bom estado de conservação dos pipetadores, mas também para garantir resultados com precisão e exatidão. Cuidar das ferramentas corretamente previne erros e diminui retrabalhos exaustivos na rotina do laboratório.

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