Cada um dos tipos de termocicladores possuem características próprias na realização da técnica de Reação em Cadeia da Polimerase (PCR, na sigla em inglês) em laboratório. O equipamento é fundamental na amplificação de segmentos específicos de DNA ou RNA em certa amostra.
O PCR é essencial nas análises da biologia molecular, genética, bioquímica e biotecnologia, e o termociclador é responsável pelo controle de temperatura em diferentes etapas da técnica, da desnaturação à amplificação de região específica do material genético.
Independentemente dos tipos de termocicladores disponíveis, eles devem ser precisos, confiáveis e fáceis de usar. Continue a leitura para entender melhor a diferença entre os modelos!
Termociclador convencional
O termociclador convencional, ou não gradiente, é o equipamento responsável pelo controle de temperaturas nas diferentes etapas do PCR, permitindo a amplificação de partes específicas do material genético em questão.
O funcionamento é baseado em ciclos de aquecimento e resfriamento, com a temperatura controlada para as diferentes etapas da técnica, como desnaturação, hibridação de primers e amplificação da amostra.
Na primeira parte, há a elevação da temperatura e as cadeias de DNA ou RNA se separam. Depois, resfria-se para que haja ligação dos primers às cadeias. Já na última etapa, aumenta-se novamente para iniciar atividade da enzima Taq polimerase, que adiciona nucleotídeos complementares às extremidades, amplificando a amostra.
O termociclador repete os ciclos de aquecimento e resfriamento algumas vezes até obter a quantidade desejada de DNA ou RNA expandidos. De forma geral, o equipamento é muito útil para aplicações da biologia molecular, como pesquisas, diagnóstico de doenças, desenvolvimento de remédios, análises e outras técnicas que trabalham com material genético.
Termociclador com gradiente
O gradiente realiza as mesmas funções que o convencional, aquecendo e resfriando o ambiente em cada etapa do PCR. Entretanto, ele possui a capacidade de criar gradientes térmicos na placa de reação. Assim, é possível que cada região tenha uma temperatura durante a aplicação da técnica.
O equipamento possui um bloco térmico com uma série de poços com as amostras de PCR, e o gradiente faz com que cada linha seja atingida com uma temperatura diferente. Essa função é útil para testar e analisar as diferentes condições da reação em paralelo.
Termociclador em tempo real
É utilizado para o qPCR (ou PCR em tempo real), técnica que amplifica e quantifica quantidades específicas de DNA ou RNA em uma amostra de maneira mais precisa que o termociclador convencional.
O princípio de funcionamento é o mesmo, com o controle da temperatura em cada etapa. Porém, neste modelo, há uma câmera que detecta a fluorescência a partir da adição de corantes que emitem luz quando excitados por um feixe específico. A cor permite que se monitore a quantidade de material genético amplificado enquanto a PCR acontece.
A aplicação do equipamento se dá na biologia molecular e em áreas como medicina, agricultura, biotecnologia, análises clínicas, meio ambiente, entre outras.
Seja qual for o tipo de termociclador escolhido, vale ressaltar que o equipamento é crucial nas pesquisas em biologia molecular. Ele traz vantagens na amplificação específica de amostras complexas, realiza ciclos de temperatura rapidamente, possui reprodutibilidade e ajuda na automatização dos processos laboratoriais.
Quer ler mais conteúdos sobre equipamentos e outras novidades do universo laboratorial? Então, assine a newsletter da ForlabExpress e receba os artigos em sua caixa de e-mail!