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Microcentrífuga: para que serve e como escolher o equipamento

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Dentro de um laboratório, há uma série de equipamentos básicos e fundamentais para a execução de atividades rotineiras. Entre eles, é importante que o profissional saiba manipular, cuidar e entender a microcentrífuga, para que serve e até como escolher o modelo adequado.

O aparelho é um tipo de centrífuga de bancada, caracterizado pelo tamanho menor e com certas especificidades na separação de células por conta dessa característica.

Continue a leitura para entender as funcionalidades da microcentrífuga, do que ela é composta, como utilizá-la, dicas para sua durabilidade e como escolher o equipamento ideal para suas atividades! 

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Para que serve a microcentrífuga?

A microcentrífuga é um equipamento que serve para aumentar a força gravitacional (força-g) em ambiente fechado e, dessa forma, possibilitar a separação de partículas de modo mais eficiente.

Entre os elementos desagregados pela máquina estão DNA, células, organelas, glóbulos vermelhos, plasma, etc. A depender do tamanho, da densidade e viscosidade, a velocidade pode ser maior ou menor.

Sua principal diferença em relação às outras centrífugas é o tamanho. Desta maneira, ela utiliza microtubos, em volumes menores, principalmente para as técnicas de biologia molecular.

Quais são as partes da microcentrífuga?

A microcentrífuga é um equipamento de bancada, que pode ser manuseado e transportado facilmente. Na sequência, conheça as partes que a compõem!

Rotor

O rotor da microcentrífuga está localizado na parte interna do equipamento. É o local onde fica a bandeja com as amostras e é essa parte que determina o tipo de tubo ou placa compatíveis, assim como a velocidade de centrifugação, pois é o responsável por fazer as amostras girarem.

Tampa

A tampa é a parte que vai acima do rotor e tem como função manter a segurança durante a centrifugação, caso algum tubo desbalanceado saia da sua posição. Algumas são de rosquear, outras vêm com trava.

Visor

O visor é a parte que fica no exterior do equipamento e possibilita realizar a configuração de como a centrífuga vai realizar seu trabalho.

Microtubo com solução amarela sendo colocado em microcentrífuga.
Rotor, tampa e visor são partes básicas entre todos os tipos de centrífuga.

Como utilizar uma microcentrífuga?

Para utilizar o equipamento, primeiramente é preciso posicionar as placas ou os tubos de microcentrífuga dentro do rotor. A dica é colocá-los em posições opostas, de preferência, para que fiquem balanceados.

Se os compartimentos forem posicionados lado a lado, por exemplo, quando o equipamento estiver em alta velocidade, há risco de causar acidentes ou de ativar o sistema de segurança, interrompendo o procedimento. Lembre-se de fechar o rotor com a tampa.

Por fim, configura-se a centrifugação pelo visor. Em geral, define-se a velocidade e o tempo que o rotor vai girar. No caso de microcentrífuga refrigerada, é importante realizar o ajuste da temperatura. Tudo isso de acordo com o protocolo exigido.

Como manter a microcentrífuga conservada

Algumas dicas para manter a qualidade da centrifugação e aumentar a vida útil do equipamento são:

  • Verificar o encaixe do rotor com os tubos: é fundamental que sejam do mesmo tamanho ou que sejam utilizados suportes adequados em caso de adaptação.
  • Prestar atenção ao som: caso o aparelho esteja fazendo algum ruído diferente do normal, pode ser um problema de segurança ou estar trabalhando de maneira inadequada.
  • Mantenha a lubrificação adequada: siga as instruções do fabricante.
  • Treine os profissionais: as pessoas que vão utilizá-la precisam saber manuseá-la adequadamente. Todo cuidado e conhecimento sobre o equipamento são importantes para mantê-lo funcionando e em bom estado.

Dicas de como escolher a centrífuga ideal 

Em qualquer tipo de laboratório, é imprescindível o uso de uma centrífuga para realizar a separação e precipitação de partículas. Mas é ainda mais importante utilizar o equipamento correto. A microcentrífuga, por exemplo, é ideal para atividades de biologia molecular, mas pode ser pequena demais quando há um volume maior de amostras.

Na sequência, confira seis parâmetros para seguir no momento da escolha do seu equipamento.

1. Tipo de amostras

Dependendo do que precisa ser centrifugado, há um volume maior ou menor de amostras. Isso impacta diretamente em qual vai ser o aparelho mais adequado para a quantidade de tubos, mas também na velocidade que precisa ser obtida. As partículas são a primeira parte da decisão, pois influenciam nas outras variáveis.

2. Seleção de tubos

Cada tubo possui um tamanho, então, certifique-se qual sua necessidade, qual será a amostra e adquira aqueles que se encaixem perfeitamente na centrífuga, para a separação de partículas.

Microtubo com solução verde sendo colocado em microcentrífuga.
Cada tubo possui um volume, é fundamental verificar a segurança entre o compartimento e o rotor.

3. Tipo de centrífuga

Além disso, é preciso entender o tipo de centrífuga. Se for de bancada, elas são mais compactas, acessíveis, práticas e, consequentemente, trabalham com menor número de tubos. Já as de chão possuem maior volume e mais capacidade de rotação, entretanto ocupam muito mais espaço no laboratório.

4. Capacidade e tipo de rotor

No processo de escolha da centrífuga, é fundamental que se leve em consideração qual o tipo e o tamanho do rotor. É nele que os tubos são inseridos e movimentados.

Por isso, é preciso entender sua capacidade máxima, se está de acordo com suas necessidades, além de conferir se o espaço é compatível com o tamanho dos tubos.

Existem dois tipos de rotores para centrífuga:

  • Rotor de ângulo fixo: as amostras são centrifugadas em um ângulo fixo a 45º, de forma que as partículas com maior densidade são sedimentadas no fundo do tubo. 
  • Rotor basculante (swing out): ao entrar em movimento, o ângulo das amostras pode variar de acordo com a força centrifugal programada, permitindo um trabalho mais gradiente e eficiente.

Vale saber se o modelo é intercambiável ou não, ou seja, se é possível trocar o rotor da centrífuga ou encaixá-lo em outro equipamento.

5. Velocidade máxima

A grandeza é medida em força-g (gravitacional), rotações por minuto (rpm) ou força centrífuga relativa (FCR), e cada equipamento chega em uma velocidade máxima:

  • Baixa ou padrão: até 6.000 rpm.
  • Alta velocidade: de 12.000 rpm a 20.000 rpm.
  • Ultracentrífugas: de 60.000 rpm a 150.000 rpm.

6. Refrigerada ou não refrigerada

A depender do protocolo utilizado, a temperatura pode ser um fator crucial na centrifugação de uma amostra. Por isso, certifique se seu equipamento é refrigerado ou não. Inclusive, os que são também operam sem resfriar as amostras.

Entender o funcionamento da microcentrífuga e para que serve torna-se essencial para comprar o equipamento certo, manter seu bom funcionamento e utilizá-lo da forma mais adequada possível.

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