A micropipeta eletrônica é um instrumento indispensável seja qual for o laboratório, uma vez que faz a medição de líquidos e a transferência em volumes precisos, com alta exatidão. Por ter auxílio de tecnologia, numa atividade que cada detalhe faz toda diferença, ela possui diversos benefícios em relação à manual.
De forma geral, o equipamento possui um pistão movido eletronicamente que aspira e dispensa líquidos, em um volume específico, geralmente em microlitros (μL), escolhido via display digital.
Continue a leitura para ver todas suas vantagens sobre a manual, saber como calibrá-la corretamente, realizar a limpeza e o armazenamento, além de escolher o modelo ideal!
Benefícios da micropipeta eletrônica
A micropipeta é uma das ferramentas mais utilizadas em laboratórios de pesquisas e diagnósticos, já que a transferência de líquidos ocorre em diversos procedimentos. No entanto, a eletrônica conta com algumas vantagens sobre a manual.
Entre os principais benefícios estão a precisão e a exatidão obtidas no momento em que os volumes precisam ser aferidos. Como as aplicações exigem alta precisão, cada microlitro (μL) é fundamental para um resultado mais assertivo, principalmente se erros humanos puderem ser evitados.
Outra vantagem é a ergonomia, uma vez que o design mais confortável contribui para o uso prolongado do aparelho. O fato do operador ficar menos fatigado aumenta a reprodutibilidade e diminui o tempo de operação, quando comparado às micropipetas convencionais.
O instrumento também evita a contaminação cruzada entre amostras por não permitir o contato direto, além de contar com dispositivos de calibração automática, garantindo resultados mais confiáveis.
Como calibrar micropipetas?
A calibração regular da micropipeta automática garante que o instrumento esteja funcionando corretamente e fornecendo resultados mais apurados. Confira, na sequência, os passos para calibração da ferramenta.
1. Selecione uma solução de referência
A primeira coisa a se fazer ao calibrar um pipetador é definir a solução que vai ser considerada referência. Ela precisa ter uma concentração conhecida e é necessário certificar se está em temperatura ambiente. Geralmente, utiliza-se água destilada ou outro líquido apropriado.
2. Ajuste o volume
Insira na micropipeta a quantidade recomendada para a solução de referência.
3. Aspire a solução
Com uso do instrumento, aspire a solução escolhida e remova qualquer tipo de excesso existente tocando a ponta numa superfície lisa.
4. Pese a solução
Com auxílio de uma balança de precisão, pese a massa da solução e registre o valor.
5. Compare os valores
Após o procedimento, é preciso comparar o valor medido com o esperado (a partir da densidade e do volume da solução) e calcular o desvio relativo. Se for maior que o aceitável, é necessário realizar o ajuste da micropipeta. Entretanto, se estiver numa faixa mais precisa, o instrumento está calibrado.
6. Ajuste a micropipeta
Se os valores forem discrepantes, utilize a chave de ajuste para apertar ou afrouxar o parafuso da micropipeta, com objetivo de realizar novamente o processo e obter os valores esperados.
7. Repita o procedimento
Para que a calibração da ferramenta seja feita de forma adequada, repita o processo em diferentes volumes com a solução de referência em toda sua faixa de operação.
Vale ressaltar que, dependendo do modelo, as micropipetas eletrônicas possuem calibração automática. Deve-se seguir as instruções do fabricante sempre. Equipamentos diferentes podem ter procedimentos com certas particularidades.
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Como limpar a micropipeta?
A limpeza correta do instrumento ajuda a prolongar a vida útil para utilização em laboratório. Confira alguns pontos a se levar em consideração durante a higienização:
- Realize o descarte correto das ponteiras.
- Limpe a superfície externa com pano macio e solução recomendada pelo fabricante.
- Higienize a ponta da micropipeta e enxágue com água destilada.
- Desinfecte o equipamento com produtos apropriados.
- Verifique se o instrumento está limpo e seco antes de utilizar.
- Armazene em local apropriado.
Como as micropipetas devem ser guardadas?
O armazenamento da micropipeta eletrônica merece um tópico à parte, pois manter a integridade da ferramenta é crucial para garantir a precisão na hora do uso. Em primeiro lugar, é recomendado utilizar um suporte apropriado para evitar danos e proteger a ponta.
Deve-se evitar mudanças bruscas de temperatura e protegê-la da umidade, já que os componentes eletrônicos podem ser danificados.
Além disso, mantenha as pontas limpas para não contaminar, confira o estado das baterias para evitar problemas durante o uso e faça manutenções periódicas para que as micropipetas estejam sempre reguladas e desempenhem suas funções corretamente.
Como escolher a micropipeta eletrônica adequada?
Para decidir sobre o equipamento adequado, é preciso entender as necessidades e exigências específicas do laboratório ou mesmo da finalidade da aplicação. Outros parâmetros importantes são:
- Volume de pipetagem.
- Precisão e exatidão da micropipeta.
- Modos de operação, como dispensão, aspiração e mistura.
- Conformidade com normas e regulamentações.
- Ergonomia.
- Marca e modelo, levando em consideração a disponibilidade de acessórios e peças de reposição.
- Calibração do instrumento.
Decidir o modelo de uma micropipeta com volume variável definido previamente, sabendo o porquê ela vai ser tão importante na operação, garante maior precisão e eficiência na rotina do laboratório.
A micropipeta eletrônica é um instrumento que facilita o trabalho, seja na rapidez que executa sua função ou mesmo na precisão que dispensa os volumes na transferência de líquidos. É isso que a faz ser melhor que as manuais, evitando problemas de manuseio e favorecendo a automatização em processos longos e tediosos.
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